O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, fez um aviso contundente de que a Europa entrou numa “era pré-guerra” e afirmou que se a Ucrânia for derrotada pela Rússia, ninguém na Europa poderá se sentir seguro. Ele declarou à imprensa europeia: “Não quero assustar ninguém, mas a guerra já não é um conceito do passado. É real e começou há mais de dois anos.” Essa afirmação surge após recentes lançamentos de mísseis russos direcionados à Ucrânia. A Polônia, por sua vez, enviou aeronaves da NATO para proteger seu espaço aéreo. A Rússia intensificou os ataques à Ucrânia nas últimas semanas, com a Força Aérea ucraniana relatando a derrubada de 58 drones e 26 mísseis, além de danos à infraestrutura energética em várias regiões do país.
Donald Tusk também apontou que o presidente russo, Vladimir Putin, culpou a Ucrânia pelo ataque jihadista à casa de shows Crocus, em Moscou, sem apresentar qualquer prova. Ele ressaltou que a Rússia atacou Kiev com mísseis hipersônicos à luz do dia pela primeira vez no início desta semana. Tusk fez um apelo direto aos líderes europeus para que intensifiquem os esforços na defesa comum independente e autossuficiente. Ele argumentou que a Europa se tornaria um parceiro mais atraente para os EUA se fosse mais autossuficiente militarmente, sem criar estruturas paralelas à OTAN. O primeiro-ministro polonês defendeu que todos os países europeus deveriam gastar 2% do PIB em defesa, assim como a Polônia, que atualmente investe 4% de sua produção econômica nessa área.
Essa situação reflete um momento crítico nas relações entre o Ocidente e a Rússia, e a Europa deve se preparar para enfrentar os desafios iminentes. A ideia de que a Rússia atacaria países como a Polônia, os Estados Bálticos e a República Tcheca era considerada “total absurdo”, mas a realidade atual exige vigilância e ação efetiva.