A compaixão pode ser descrita como a compreensão do estado emocional de outra pessoa. No entanto, não deve ser confundida com empatia. A compaixão frequentemente se combina com o desejo de aliviar ou minorar o sofrimento de outro ser senciente, demonstrando especial gentileza para com aqueles que sofrem. Essa compreensão nos leva a socorrer aqueles que estão passando por dificuldades, mas não nos obriga a carregar o fardo emocional deles. Por exemplo, a boa samaritana oferece um copo de água para Jesus, mas não sente a sua sede.
Já a empatia nos faz sentir a dor do outro de forma mais profunda. Por exemplo, quando um amigo perde a mãe devido a um ataque cardíaco e não pode se despedir dela, nós também sentimos tristeza. Além disso, a empatia também nos permite compartilhar a alegria quando o outro está feliz. Por exemplo, se um amigo passa no vestibular, ficamos felizes por ele, reconhecendo sua inteligência e potencial para o sucesso.
Tanto a compaixão quanto a empatia são virtudes que se manifestam naqueles que não são egoístas. O egoísta, por outro lado, só pensa em si mesmo e não se importa com a dor alheia, sendo muitas vezes considerado um individualista.
A depressão, por sua vez, é uma doença psiquiátrica que apresenta sintomas como apatia, angústia, melancolia e dor. A depressão grave pode levar a pensamentos suicidas.
Aqueles que têm compaixão socorrem os deprimidos, enquanto aqueles que têm empatia compartilham um pouco da dor do outro, aliviando-a. Ambas são importantes: a compaixão nos leva a fornecer recursos para que o outro possa se consultar com um bom psiquiatra, nos leva a ajudar no transporte ao médico e a fornecer os medicamentos necessários. No entanto, em nenhum momento, contraímos a doença do outro.
Mas será que a depressão é contagiosa? Por meio da empatia, podemos dizer que sim. A empatia nos permite sentir parte desse vírus emocional que afeta o outro, mesmo que não sejamos diretamente afetados pela doença em si.